sábado, 29 de dezembro de 2007

Feliz ano novo

O ano de ver
através do vidro o eclipse do sol contra a neblina
pela janela da infância,
o ano de ver as primeiras imagens de
minha mãe,
que era uma Greta Garbo linda
com ombros altos e cabelo de coque "bomba atômica"
e lábios vermelhos, o ano
da coqueluche em que meu pai me levou de avião até 4.000 metros
para curar a tosse entre nuvens,


o ano de temer o quarto onde
meus pais conceberiam
minha irmã, o ano de olhar árvores, bichos
e gente como se eu morasse
fora do mundo (mistério que até hoje dura),
o ano do medo de levar porrada nas ruas da infância, o ano
das pernas das mulheres, colunas altas e distantes
(até hoje),
o ano dos fantasmas do fundo do corredor,
o ano do cachorro
atropelado, o ano dos meninos se comendo de solidão,
o ano de ficar olhando o vento no quintal,
o ano dos formigueiros,
o ano do sarampo e sua lâmpada vermelha,
o ano da catapora, o ano da luz azul do quarto da pneumonia de minha irmã,
o ano da cabeça quebrada, o ano da cara quebrada,
o ano de entender o porquê
dos miseráveis do morro da Mangueira
perto de minha casa,


o ano de ver o primeiro filme de minha vida, o "Ladrão de Bagdá",
e ficar sonhando com as coxas da odalisca no tapete voador,
o ano dos balões no céu, o ano do Mercury "grená" de meu pai
brilhando na luz da rua,
o ano do cuspe, o ano da porrada na esquina,
o ano dos palavrões, o ano da "merda" e da "puta que pariu",
o ano da inveja, o ano da bicicleta, o ano da primeira
namorada que me tratava
como nada,
o ano de temer a Deus e de contar
meus crimes aos padres negros de quem eu beijava a mão,
o ano em que um padre me deu um beijo na boca e eu fugi
com pânico na alma,
o ano do Porcolino, do Pernalonga, o ano do Hortelino Trocaletra,
das mil e uma noites, o ano da mula-sem-cabeça e do mendigo
que dava mijo para a mãe, o ano
da camisa-de-vênus boiando na beira da praia, o ano do negro
comendo a empregada no quarto de passar roupa, o ano da
febre, o ano da violência dos colegas de colégio, o ano dos
padres jesuítas sofrendo de solidão nas clausuras e o ano
das lâmpadas tristes das noites do colégio,


o ano das velas de cera
na igreja, o ano dos paramentos, o ano do coroinha sem fé, o ano
do covarde,
o ano do perigo de ser currado nos fundos do colégio,
o ano do soco na cara do mais forte e do sangue no nariz do valentão,
o ano
da descoberta do orgulho,
o ano do Tarzan,
o ano do Super-Homem, o ano da porra,
o ano da punheta de esguicho que ia até o teto de ladrilho
por causa da primeira mulher de biquíni na praia,
o ano da punheta pela empregada de peitos grandes e que deixava
quase tudo,
o ano da dor nos rins, o ano
de entrar no porão com a menina,
o ano de sentir o gosto de cuspe da menina,
o ano de sentir o cheiro
do entrepernas da menina e ficar
com aquele cheiro até hoje,
o ano da primeira
mulher e, antes da primeira mulher,
o ano da descoberta da literatura
e de Rimbaud e o ano
de ficar escrevendo o dia inteiro
numa febre
de descobrir qualquer coisa que ainda acho que vou achar,


o ano agora sim, da primeira mulher,
uma aeromoça louca da Panair que parecia uma odalisca
caída do céu,
o ano do meu corpo e do corpo da mulher,
o ano das lágrimas quentes, o ano
da solidão,
o ano das pernas cruzadas dos primeiros puteiros
visitados,
o ano do Mangue, da indescritível visão do Mangue que só Segall conheceu,
com as mil mulheres tremendo a língua para fora e
de calça e sutiã nas calçadas, o ano dos bordéis antigos da luz mortiça,
o ano das coxas, dos peitos, o ano cabeludo,
o ano oleoso, o ano das peles, o ano dos vasos de louça,
o ano de nada entender,
o ano da gonorréia, o ano de Thereza e de comer o primeiro amor e de flutuar
de paixão a um palmo das calçadas de Copacabana,


o ano da lua dourada, do sol vermelho, o ano de Ipanema,
de Leila Diniz,
o ano dos gritos
da mulher amada no colchão sujo e esfiapado que era um aparelho do Partido
Comunista numa noite de chuva,
o ano do amor e da revolução,
as duas coisas se confundindo
("serão as bombas ou meu coração batendo?" diria o Bogart em "Casablanca"),
o ano da UNE
pegando fogo,
o ano dos exilados, o ano de Corisco, o ano de Tom e Vinicius,
o ano do "Carcará", o ano do cinema
novo da noite negra do Ato 5, o ano que não terminou,
o ano da boca fechada, o ano da boca no cano de descarga, o ano do nervo
do dente exposto na boca do torturado, o ano das unhas
arrancadas,
o ano dos gritos,
o ano dos guerrilheiros
suicidas, o ano de cortar
a barriga com a faca de bambu, o ano de cortar
os pulsos com gilete
enferrujada,
o ano das cabeças
muito loucas, o ano de viver
perigosamente,


o ano da mescalina e do ácido, o ano das pernas e
dos braços virando cobras na "bad trip" da beira da praia, o ano
das ondas vermelhas e céus tangerina,
o ano de Copacabana
virando gelatina colorida,
o ano de Janis Joplin de porre comigo
num puteiro baiano cantando ponto de candomblé,
o ano da esperança nova, o ano de Nelson Rodrigues,
de Darlene Glória,
o ano das filhas nascendo dentro de um buraco estrelado,
o ano da esperança de sentido,
o ano da inocência,
o ano da ingenuidade, o
ano do leite,
o ano do ventre molhado, o ano dos quartos escuros,
o ano da vida, o ano do sol, o ano do jambo vermelho,
o ano das formigas, o ano das bonecas,
o ano do olho furado, o ano de ficar
louco,


o ano do corno, o ano do babaca, o ano de comer mulher,
o ano de chorar, o ano de aprender a viver de novo,
o ano do "vamos ver", o ano do "que será o amanhã?",
o ano do cachorro, o ano da vaca louca, o ano da cachorra no ar,
o ano da beira do
abismo,


o ano da volta à democracia, o ano do não, o ano do sim,
o ano de Collor, o ano do Itamar, o ano da hiperinflação,
o ano da inflação zero,
o ano dos Mamonas,
o ano dos caruarus, o ano dos carajás,
o ano dos genovevas, o ano dos cachorros quentes explodindo,
o ano dos desacontecimentos, o ano dos cabelos brancos,
o ano do último vôo livre de minha mãe.
1996,


o ano da expectativa,
o ano dos adiamentos, o ano da
esperança,
o ano
que ainda não começou e acaba hoje.
1996,
o ano
que vai começar em 97, feliz ano novo...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

MANUAL DA VIDA PRATICA A DOIS



um manual que não mostra como usar.






A minha vedade tardia,
as suas mentitas tapando os buracos.
descendo pelas calhas,
transbordando pelos ralos
e o meu amor alejado



Pudin de iogurte




Rendimento: 8 porções

Ingredientes

- 1 lata(s) de leite condensado
- 1 lata(s) de leite
- 2 copo(s) de iogurte natural

-2 colheres de sola de amido de milho

Calda

- 2 xícara(s) (chá) de geléia de morango
- 300 ml de água
- 3 colher(es) (sopa) de açúcar de confeiteiro


Modo de preparo



Bata no liquidificador todos os ingredientes. Coloque numa forma úmida de pudim e leve para assar em banho-maria por 40 minutos em forno médio. Leve para gelar e desenforme. Sirva com calda vermelha.

Calda

Coloque todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo por 10 minutos até encorpar. Leve para gelar e cubra o pudim.




BEM, A TARA PELA VEIA QUAQUER QUE ME PARECIA MOMENTANIA CONTINUA.

domingo, 5 de agosto de 2007

HUM...

DELICIA MON CHEER



É, e no tempo livre que nos resta, apesar do cansaço,da exaustão ainda sobra sobra tempo para iventar umas "delicias"na cozinha ou plagiar de alguma experiencia que deu realmente certo. é bom usar essa atividade,pra mim, as vezes, obrigatoria como uma valvula de escape e deixar fluir a ANA MARIA BRAGA que existe em mim. é uma terapia, as veses forçada, confesso. entretato, faser disso um momento divertido faz a diferença quando se se tem uma bruta jornada diaria no trabalho e chega-se em casa para o plantão.

È gostoso sentir a satisfação que as outras pessoas sentem com seus cuidados. Ainda mais quando não se tem muitas abilidades nisso, como é o meu caso. mas, voltanto ao foco, minha missão blogueira desta semamaserá postar aqui algumas recitas praticas, faceis de serem feitas por que como eu não tem muito traquejo com isso.
e... lembrando, tudo é prática, se da 1° não der, talvez, na 3°,4° dê.





Biscoito!!!





KIKAPS COOKIES & CUPCAKES







Já add+ nos meus favoritos, este blog tem receitas faceis e adaptaveis de cookies. muiiiiito bom!




Essa receita eu fiz e...
funciona!


Biscoitos de Natal da Chris Campos

tempo: 2 horas

Ingredientes
  1. 300g de manteiga em temperatura ambiente
  2. 1kg de farinha de trigo
  3. 6 ovos bem bonitos
  4. 1 colher de fermento em pó
  5. gotas de essência de baunilha
  6. ½ kg de açúcar
  7. açúcar cristal
  8. canela em pó para polvilhar por cima dos biscoitos

Na lista de acessórios, não podem faltar: algumas fôrmas de alumínio ou tapetinhos de silicone (caso você prefira); um rolo de massa e moldes para biscoitos nos formatos que você mais gostar.

Modo de fazer
Coloque todos os ingredientes, menos o açúcar cristal e a canela, num bowl.
Comece pela farinha, para formar uma “caminha” por baixo.
Quando todos os ingredientes estiverem no bowl, comece a misturá-los com as mãos.
Os primeiros momentos serão de pânico. Muita calma! Vá misturando tudo aos poucos, com paciência. A massa grudenda vai ganhando consistência aos poucos e é a aí que começa a parte mais divertida do trabalho...
O resultado é uma massa compacta que desgruda do bowl
Transfira a massa para o tampo da mesa ou outra superfície lisa devidamente enfarinhada. Polvilhe um pouco mais de farinha por cima da bola de massa e sove delicadamente.
A essas alturas, a sua massa terá uma consistência ótima e você não vai mais querer parar de amassar...
Mas você vai ter de parar de brincar com a comida quando a massa estiver assim, lisinha e com uma consistência macia - nem muito mole, nem firme demais.
Enfarinhe novamente a sua área de trabalho.
Separe um pequeno punhado de massa e abra com o rolo.
A espessura da massa vai depender do seu gosto.
Massa bem fininha rende biscoitos mais crocantes e durinhos.
Massa um pouquinho mais espessa rende biscoitos mais macios.
Recorte a massa com o molde que preferir. E disponha os biscoitos diretamente sobre a fôrma. Como a massa leva bastante manteiga, não é necessário untar a fôrma. Polvilhe açúcar cristal e canela por cima e leve para assar em forno médio, até dourar. Ah! E não se esqueça de deixar um espaço de 5 cm entre um biscoito e outro
Os biscoitos assados ficam assim:


Coloque os biscoitos numa lata de leite em pó ou achocolatado, já sem rótulo e devidamente limpa.

Não tampe até que eles esfriem completamente.

Caso contrário eles ficaram murchinhos e sem graça.



por hoje eu fico por aqui com as minhas ladainhas...





domingo, 22 de julho de 2007

Uma proposta de um mundo com pouco mais de getileza

segunda-feira, 4 de junho de 2007

O criador e a criatura


E,...
...deu cria...


Depois de tanto sofrimento pra entender o que a galera que faz publicidade estava falando, eu eu quase entendendo, consegui trabalhar o produto em micro e macro ambiente, ambiente econômico,social,natural,tecnológico,e tal..., fazer mapeamento de mercado, analisar as forças e as fraquezas ,
Direcionar o produto para um publico alvo (mercado de nicho foi a minha escolha, quer dizer... foi o q saiu no final das contas).enfim, essas coisas que publicitários estão carecas de saber. Só depois de muito sofrimento chegou a parte legal...

A CRIAÇÃO!


conteúdo da 1ª postagen, eu coloquei primeiro pra ver se não desanimava.
Mas, tá ok, certinho com citação coisa e tal...

Enfim o criador e a criatura....

já estava pronta a algum tempo mas, só agora pude atualizar o blog , organizaras ideias,dar uma refrescada no cerebelo etc...



Rotulos _ frente e verso








Segmentação de mercado



Cachaça Flora Azul - Esta cachaça tem todo um toque feminino, desde o aroma, até o teor alcoólico. O sabor tem um toque suave de mentol e anis estrelados.

Uma cachaça especial, artesanal, destinada á um publico exentrico e que foge do abitual. sobretudo para mulheres que apreciam destilados - um produto de qualidade para exportação. –

Compradores potenciais:

Características geográficas:

Moradoras de grandes centros urbanos, em geral têm em sua família raízes interioranas, de estados que são grandes consumidores de cachaça como Minas Gerais e Ceará. O clima mais propicio é o do fim de tarde e o período da noite por se tratar de um destilado.

Características demográficas:

Sexo: feminino

Idade: acima de 18 anos

Condição socioeconômica: classes média e media alta

Nível de instrução: nível médio, técnico e superior.

Características psicográficas:

Ocupações: Se dividem entre trabalho, estudo família e o tempo e a disposição para happy awe's, baladas, jantares etc.

Interesses e opiniões: Mulheres que agregam a seu cotidiano o inovador e o clássico. Trazem para elas um novo universo que tradicionalmente era restrito aos homens.

Comportamento de compra (freqüência de uso): Gostam de bebidas exóticas, destiladas que remetem á etnias diversas como tequilas, vodcas, gins, vinhos e diversos drinks. Grande possibilidade de lealdade á marca, pois o mercado de bebidas alcoólicas direcionado á mulheres é restrito.







terça-feira, 22 de maio de 2007

















Cada cor possui uma característica única. O vermelho é a cor que mais se destaca visualmente e a mais rapidamente distinguida pelos olhos. O laranja é resultado da mistura do vermelho Com o amarelo. As áreas coloridas pelo laranja parecem sempre maiores do que são na realidade.






O amarelo é uma cor fundamental e passa a ideia de atenção.





O verde é uma das três cores primárias em cor-luz e representa a esperança.







O azul é a cor mais escura das três cores primárias e todas as cores que se misturam com ela esfriam-se, por ser ele a mais fria das cores.





O violeta unificar a conquista impulsiva do vermelho com a entrega delicada do azul.



O magenta é uma cor próxima ao violeta, e simboliza devoção, fé, tempe



rança,





castidade, dignidade, abundância, riqueza, autoridade e poder.





O marron não existe como luz colorida, por ser um amarelo sombrio.











O branco é a síntese aditiva das luzes coloridas. Uma cor-luz e sua complementar sempre produzem o branco. Pedrosa (2003, p. 56) indica que a cor branca pode ser fruto de três causas: os fenómenos de coloração por interferência e difracção, e a segunda e a terceira causas englobam os fenomenos de coloração dos corpos d



erivados das químicas inorgânicas e orgânicas.





O preto não é cor, mas é denominado como tal. O preto absoluto não existe na natureza.







O cinza é a mistura do branco com o preto e é uma cor neutra por excelência: não é nem colorido, nem escuro, nem claro, está isento de qualquer estímulo.








Utilização das
cores na publicidade









Vermelho Aumenta a atenção, é estimulante, motivador. Indicado para uso em anúncios de artigos que indicam calor e energia, alimentícios, artigos técnicos e de ginástica.







Vermelho e amarelo : Estimulante e eficaz em publicidade. Por outro lado as pesquisas indicam que pode causar opressão em certas pessoas e insatisfação em outras.







Vermelho e verde: Estimulante, mas de pouca eficácia publicitária. Geralmente se usa essa combinação para publicidade rural.







Laranja: Indicado para as mesmas aplicações do vermelho, com resultados um pouco mais moderados







Amarelo: Visível à distância, estimulante. Cor imprecisa, pode produzir vacilação no indivíduo e





dispersar parte de sua atenção. Não é uma cor motivadora por excelência. Combinada





com o preto pode ser eficaz e interessante. Geralmente indicada para aplicação em





anúncios que indiquem luz, é desaconselhável seu uso em superfícies muito extensas.







Verde: Estimulante, mas com pouca força sugestiva; oferece uma sensação de repouso. Indicado para anúncios que caracterizem o frio, azeites, verduras e semelhantes








Azul: Possui grande poder de atracão. É neutralizante nas inquietações do ser humano, acalma





o indivíduo e seu sistema circulatório. Indicado em anúncios que caracterizem o frio.










Azul e preto: Sensação de antipatia. Deixa o indivíduo preocupado, desvaloriza completamente a mensagem publicitária







Azul e branco: Estimulante, predispõe à simpatia. Oferece uma sensação de paz para produtos e serviços que precisam demonstrar sua segurança e estabilidade







Violeta: Acalma o sistema nervoso. Deve ser utilizado em anúncios de artigos religiosos, em





viaturas, acessórios funerários etc. Para dar a essa cor mais sensação de calor, deve-se





acrescentar vermelho. Para maior luminosidade, deve-se acrescentar o amarelo.





Entristece o ser humano, não sendo, portanto, muito bem visto na criação publicitária







Magenta: Cores representativas do valor e dignidade. Devem ser aplicadas em anúncios de artigos de alta categoria e luxo



Farina (1975, p. 108)


















A principio, postarei neste blog experiências, pesquisas, textos, link interessantes( á partir de minha otica, é claro),fotografias, receitas de bolo da família....

Enfim,um espaço para disponibilizar
on-line temas de meu interesse com uma gama vasta de assuntos. quem sabe possa ser útil a mais alguém?
hatuna matata !